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Por Meister Echkart, Quando eu saí de Deus.

Atualizado: 27 de abr. de 2022

Quando saí de Deus, todas as coisas diziam: Há um Deus! Mas isto não pode fazer-me bem aventurado, pois justamente com isso percebo que sou uma simples criatura. Mas é na ruptura, quando desejo permanecer pura e simplesmente na vontade de Deus e livre também da sua vontade, de todas as suas obras e do próprio Deus, então é que eu sou mais do que todas as criaturas, pois não sou nem Deus nem criatura, sou o que era e o que permanecerei sendo, agora e para sempre! Então recebo um impulso que me eleva acima dos anjos. Este impulso me torna tão rico, que Deus já não pode me satisfazer, mesmo em face do que Ele é como Deus e de todas as suas obras divinas, pois nessa ruptura percebo que eu e Deus somos uma e mesma coisa. Eu sou então o que era, pois nem cresço nem diminuo; sou um ser imóvel que move todas as coisas. Aqui Deus não habita mais no interior do homem, pois o homem, com sua pobreza alcançou novamente o que sempre foi e será eternamente.


Nesta passagem, o mestre está realmente descrevendo uma experiência do satori, uma substituição do eu pelo si-mesmo, que possui a ''natureza de Buda'', ou seja, a universalidade divina.

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