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Por Willy - O funcionamento dos pensamentos

Não precisamos dar atenção aos pensamentos toda hora, lutar contra eles nem parar de pensar para sempre. Na realidade, não precisamos fazer nada, apenas deixá-los de lado, sejam eles quais forem. Não opte apenas pelos pensamentos bons, pois o bom contém o ruim. Deixe todos os pensamentos irem, não se agarre a nenhum deles. O próprio fato de lutar contra os pensamentos é o que lhes dá vida, então simplesmente os ignore. É o desinteresse que liberta. O mundo é feito de elos, e somos nós que criamos os elos imaginários. Precisamos nos desenrolar desses ganchos, abandonar nossos hábitos desnecessários e maléficos e parar com o hábito de sempre buscar resultados. Quando nos libertamos das prisões mentais, a liberdade se torna nossa própria existência.

Nenhum pensamento é o verdadeiro estado da mente; este só surge quando estamos em extremo silêncio. Os pensamentos são apenas passageiros, então como poderiam definir quem somos? Mesmo assim parece que sempre utilizamos e dependemos dos pensamentos para nos dar uma sensação de existência, de identidade, embora seja falsa. Quando a mente retorna ao estado natural, também retorna ao silêncio.

Perceba que todas as experiências acontecem sobre o pano de fundo de um silêncio infinitamente calmo e harmonioso. Talvez estas palavras não sejam tão fáceis de se compreender agora, mas a compreensão virá. Na estação certa, a semente brotará e crescerá, trazendo os frutos e as flores com suas fragrâncias. Nossa única missão é não atrapalhar a vida, o processo que inevitavelmente já está acontecendo em nós. A vida é magica quando não a atrapalhamos com as nossas mentes.

Nem o corpo nem a mente podem nos dar o que precisamos, do contrário veríamos as pessoas em êxtase dançando e pulando pelas ruas da cidade. O que é necessário é buscar dentro de si. Não precisamos ficar nos perdendo em diversos caminhos, podemos ir diretamente ao caminho direto, o da entrega ao interior. Para encontrar água, não começamos abrindo uma miríade de pequenos poços ao redor do deserto, mas cavamos profundamente em um único lugar até que a água surja. Da mesma maneira, para encontrarmos nós mesmos, precisamos explorar profundamente, tirar o entulho, a terra e a sujeira que encobrem a verdade.

Adquirir conhecimento é útil para certas atividades na vida, mas autoconhecimento é um dos pilares para o equilíbrio na sociedade, na família, nos relacionamentos com o próximo e com nós mesmos. Autoconhecimento é investigar quem somos e compreender que tudo o que foi colocado em nós não é quem realmente somos. Não estamos limitados aos muros ilusórios que nos foram impostos, somos muito mais do que qualquer coisa que possamos pensar que somos, do que nos ensinaram a ser. Precisamos aprender a separar o real do falso, o ilusório do eterno. É quando olhamos com os olhos do coração que as respostas surgem e a vida verdadeira é vista e vivida.


Texto retirado do livro Você não é quem acredita ser, de Willy Mouna.

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