O propósito deste livro é orientar o leitor à descoberta de quem ele verdadeiramente é por meio de uma linguagem simples, direta e fácil de compreender. Willy enfatiza que a espiritualidade não é exclusiva daqueles que vivem em monastérios ou isolados da sociedade, a fim de evoluirem espiritualmente. Até mesmo a pessoa mais simples e sem muito conhecimento espiritual pode iluminar-se, viver uma vida pacífica, íntegra, alegre e harmoniosa.
Neste livro nós exploramos tópicos como; morte, karma, Deus, relacionamentos amorosos, como lidar com os pensamentos, emoções e dores físicas, superação depressão ansiedade, como viver a vida de maneira desperta, como lidar com pessoas inconscientes entre outros inúmeros tópicos importantes.
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Um dos objetivos do caminho espiritual é fazer com que você desista de ser você mesmo e se canse de buscar. Grande parte do despertar espiritual que aconteceu comigo foi por causa das dores, perdas, resistências e lutas pelas quais passei. Tive meus pesadelos e infernos, e tudo isso fez com que eu tivesse uma vontade pura e honesta de questionar minha identidade e procurar a verdade acima de tudo.
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Nós precisamos ter coragem de olhar para os cantos mais obscuros da vida e encontrar a luz lá. É assim que ilumina- mos a escuridão, entendendo que esta é apenas a ausência de luz. Carl Jung falou uma vez que “até onde conseguimos discernir, o único propósito da existência humana é acender uma luz na escuridão da mera existência”. Se há tantas coisas acontecendo de errado com você, isso é ótimo, pois significa que existem novos territórios para você habitar, reorganizar, arrumar e iluminar.
Nós criamos problemas onde não existem, corremos atrás de fantasmas que não existem e fugimos de fantasmas que não existem. Se temos algum problema para resolver é este: como parar de complicar o que não necessita de complicação? Como parar de dificultar o que é simples? Como parar de criar guerra onde há paz? Como parar de lutar contra o fluxo da vida? Como parar de ver problemas onde inicialmente não existiam? Viver é como estar flutuando em um rio: se você ficar de braços fechados, encolhido, resistindo, lentamente afundará e se afogará, mas se abrir seus braços, começará a flutuar e será levado pelo movimento das águas e simplesmente chegará aonde precisa, e o melhor é que poderá apreciar a jornada sem ao menos ter planejado nada.
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Quando afirmamos que há algo para melhorar em nós, automaticamente estamos afirmando que há algo de ruim, mas, na realidade, o ruim é ilusório e só passou a existir quando afirmamos que havia algo para melhorar. Não há necessidade de passar por um programa de autoaperfeiçoamento, pois no momento em que você decide que há algo que precisa ser aperfeiçoado, você afirma o contrário, que há algo defeituoso. Você mesmo cria seus próprios defeitos quando tenta melhorá-los. É uma ilusão que cria uma outra ilusão, e isso vai repetindo o círculo vicioso pela autoafirmação. “Preciso me iluminar, preciso despertar, preciso ser melhor, preciso ser mais santo”, isso é ilusão, pois você já é tudo isso, mas, por querer ser tantas coisas, não reconhece o que já é.
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Na maioria das vezes, a mente mente e nós acreditamos. Quantas vezes pensamos, sentimos, imaginamos, construímos fantasias ou nos preocupamos com coisas que não existiam, existem e jamais existirão? Quantas vezes sofremos por algo que acreditávamos que iria acontecer, mas que não aconteceu? Os próprios monstros que atormentam nossas vidas são criações nossas. Não é a vida ou o acaso que são culpados por nossos pensamentos e tormentos mentais. A mente pensa mesmo quando não precisa pensar, é automática e mal-comportada quando não tem o suporte de um guia. É como se fosse um martelo que continua a bater o prego na parede até começar a destruir a parede sem razão ou motivo. Com o poder da consciência atenta, nós podemos parar esse processo autodestrutivo e desnecessário que machuca nós e os outros.